Origem dos anfíbios
Os anfíbios evoluíram no Período Devoniano
O período devoniano, que teve inicio há 400 milhões de
anos, foi uma época de temperaturas amenas e alternância de secas e inundações
Durante este período alguns vertebrados primariamente
aquáticos desenvolveram duas características importantes da evolução da vida na
terra
-pulmões
-membros locomotores.
Anfíbios são vertebrados ectotérmicos, primitivamente quadrúpedes, com epiderme grandular e dependência da água para sua reprodução. Constituem um dos
principais grupos de descendentes vivos dos primeiros tetrápodes do devoniano,
os primeiros vertebrados a desenvolver
adaptações para respirar , sustentar-se, mover-se e perceber sons e odores
transportados pelo ar sobre a terra , minimizado a perda de água.
As
relações evolutivas entre os primeiros grupos de tetrápodes são controvertidas
em diversas linhagens extintas associadas aos lissamphia que contêm anfíbios atuais
ANFÍBIOS ATUAIS
* temnospôndilos
Caracteriza-se por possuir geralmente
apenas 4 dígitos.
Os Lissanfibios diversificaram-se durante o carbonífero produzindo
ancestrais dos três principais grupos de anfíbios atuais:
Sapos (anura ou salientia)
Salamandras (caudata ou urodela)
Cecílias (apoda ou gymnophiona).
Os anfíbios aperfeiçoaram suas adaptações para a vida
aquática durante este período;
Os anuros (sapos e rãs) desenvolveram membros
posteriores especializados com membrana entre os dedos que se adaptam mais para
a natação do que para mover-se sobre a terra.
As três ordens de anfíbios atuais compreendem mais de
4.200 espécies.
A maioria compreende adaptações para a vida na terra
Esqueleto reforçado
Epitélio olfativo e ouvido são redesenhado para aumentar
a sensibilidade.
Durante a vida dos ancestrais os ovos eram aquáticos e
eclodiam produzindo uma forma larval que respiravam através de brânquias;
http://adrianobiologia.wordpress.com/2011/06/25/salamandra-gigante
Pedomorfose
ORDEM ANURA: SAPOS E RÃS
http://www.sempretops.com/diversos/fotos-de-anfibios/attachment/fotos-de-anfibios-foto-9
Anfíbios terrestres dependem de ambientes muito úmido ou
mesmo aquáticos, pois sua pele é muito espessa necessitando de umidade para
protegê-la contra o ressecamento do ar;
São ectodérmicos ou seja sua temperatura corpórea é
determinada pelo ambiente;
Anfíbios completamente terrestres podem colocar seus
ovos sob troncos caídos e rochas, no solo úmido da floresta em cavidades
alongadas de árvores em bolsas no dorso da mãe.
Uma espécie de sapo
da Austrália abriga seus filhotes em seu saco vocal.
ORDEM APODA: CECÍLIAS
http://anfibiosblog.wordpress.com
CECÍLIAS
160 espécies;
Desprovidos
de membros e fossorias;
Ocorrem em florestas tropicais;
São fossórias ou aquáticas;
Todas respiram através de pulmões;
http://www.teinteresa.es/tierra/Hallan-especie-cecilias-incubar-huevos_0_650935329.html
São animais alongados, algumas possuem escamas dérmicas
na pele, um número grande de vértebras, costelas longas, nenhum membro e ânus
terminal.
Olhos são pequenos e algumas espécies são totalmente
cegas quando adultas;
Se alimentam de minhocas e pequenos invertebrados que
encontram no solo;
A fecundação é interna, e o macho possui um órgão copulatório;
As larvas podem ser aquáticas ou desenvolvimento larval
pode ocorrer no ovo.
ORDEM CAUDATA: SALAMANDRAS
http://anfibiosblog.wordpress.com
http://animales.org.es/2009/salamandras-camufladas
360 espécies;
Consiste em anfíbios com cauda;
São encontradas em quase todas as regiões temperadas do
Hemisfério Norte e nas regiões tropicais da America Central e norte da America
do sul;
São carnívoras tanto na fase larval cona na adulta,
predando minhocas artrópodes e molúsculos.
Algumas
das formas aquáticas são consideravelmente longas, e a salamandra gigante do
Japão pode atingir 1,5 metros de comprimento.
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Algumas salamandras
são aquáticas durante todo seu ciclo de vida, mas a maior parte é metamórfica,
possuindo larvas aquáticas e adultos terrestres que vivem em locais úmidos.
As salamandras possuem em sua pele extensivas redes
vasculares que realizam a troca respiratória de oxigênio e gás carbônico;
Em diversos estágios de sua vida as salamandras podem
ter brânquias externas, pulmões, ambos, ou nenhum destes;
As salamandras que possuem estagio larval aquático
eclodem com brânquias, mas as perdem após a metamorfose;
Os pulmões, estão presente desde o nascimento nas
salamandras que os possuem, tornando-se ativo após a metamorfose;
Refere-se
à mudança filogenética através da qual os indivíduos adultos de uma espécie
retêm características previamente encontradas em indivíduos juvenis.
A pedomorfose assume formas
diferentes nos vários grupos de salamandras. Pode afetar o corpo como um todo
ou ser restrito a algumas estruturas específicas;
http://www.sempretops.com/diversos/fotos-de-anfibios/attachment/fotos-de-anfibios-foto-9
Mais 3.500 espécies, conhecido desde o Jurássico;
Ocupam uma grande variedade de habitats, no entanto sua
pele permeável os impede de afastar-se muito de fontes de água;
Seu modo de reprodução é aquático;
São especializados para saltar;
São animais ovíparos;
Os ovos da grande maioria dos sapos eclodem originando
girinos, que apresentam caudas longas, com nadadeiras, brânquias externas e
internas, ausência de membros, partes bucais especializadas para herbivoria e uma anatomia
interna altamente especializada;
Eles se parecem e agem de forma inteiramente diferente
dos sapos adultos;
Alguns girinos são carnívoros;
Muitos sapos e rãs de grande porte possuem hábitos
solitários, exceto durante a estação reprodutiva;
Durante os meses de inverno, a maioria dos sapos de
climas temperados hibernam;
Os sapos se
distinguem das rãs pelas membranas interdigitais pouco desenvolvidas e pela
pele mais seca e rugosa. Geralmente, vive em ambiente mais seco;
Dependem da água para
a postura de ovos, pois estes não têm casca, e para manter a pele úmida,
necessário para a realização da respiração cutânea na qual a troca de gases é
feita pela pele.
Quando chega sua
época de reprodução, os sapos coaxam para atrair suas fêmeas. Durante o abraço,
macho e fêmea eliminam suas gametas no mesmo instante;
Sistemas Esqueléticos e Muscular
Nos
anfíbios, como em outros vertebrados, um bem desenvolvido endoesqueleto,
formado por osso e cartilagem, fornece o apoio para músculos em movimentos e
proteção para as vísceras e o sistema nervoso.
A coluna vertebral dos anfíbios assume um novo papel
como estrutura de sustentação do abdômen, e à qual os membros estão
ligados.Como os anfíbios movimentam-se utilizando seus membros locomotores, em
vez de nadar com contrações em série de musculatura do tronco,a coluna
vertebral perdeu muito da flexibilidade original característica dos peixes.
Tornou-se uma estrutura
rígida que transmite a força dos membros posteriores para o corpo. Os anuros
são ainda caracterizados por um encurtamento extremo do corpo. Sapos típicos
possuem apenas nove vértebras e um uróstilo alongado, constituído por diversas
vértebras caudais fusionadas(cóccix). As cecílias, grupos desprovido de
membros, podem até 285 vértebras.
O crânio do sapo é também
bastante modificado em comparação com seus ancestrais. É muito mais leve, com
perfil mais achatado, menos osso e menor ossificação. A parte anterior do
crânio onde se localizam as narinas, os
olhos e o encéfalo, é mais desenvolvida.
Os ossos e músculos dos membros locomotores apresentam o
típico padrão tetrápode, com três articulações principais em cada
membro(quadril, joelho e tornozelo;ou ombro, cotovelo e punho).O pé é
tipicamente pentadáctilo, e a mão tem quatro dígitos. Tanto o pé quanto a mão
possuem diversas articulações em cada dígito.
http://iuri-luiz-artrologia.blogspot.com.br/2007/05/esqueleto-de-um-anfbio.h http://www.anda.jor.br/wp-content/uploads/2011/04/Imagen-253.png
Respiração e Vocalização
Os anfíbios utilizam três superfícies respiratórias para
a troca de gases no ar: a pele (respiração cutânea), a boca (respiração bucal)e
os pulmões. Sapos e rãs dependem mais da respiração pulmonar do que as
salamandras. No entanto, a pele fornece um caminho suplementar importante para
a troca de gases em anuros, especialmente durante a hibernação do inverno. Os
pulmões são abastecidos por artérias pulmonares (derivados do sexto arco
aórtico) e o sangue retorna diretamente para o átrio esquerdo pelas veias
pulmonares. Os pulmões dos sapos são sacos elásticos ovais.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-cordata/imagens/respiracao-dos-anfibios.jpg
Circulação
Como nos peixes, a circulação nos anfíbios é um sistema
fechado de artérias e veias, servindo uma vasta rede periférica de capilares
através dos quais o sangue é forçado pela ação de uma única bomba de pressão, o
coração. A principal mudança nos circuitos envolve a troca da respiração branquial pela a respiração
pulmonar.
Alimentação e digestão
Sapos são animais
carnívoros, assim como a maioria dos demais anfíbios adultos, alimentando-se de
insetos, aranhas, minhocas, lesmas, caracóis, centopeias e praticamente
qualquer outra coisa que se mova e seja pequena o suficiente para ser engolida
de uma vez só. Eles atacam as presas em movimento com sua língua protrátil, que
é presa na região anterior da boca e livre na região posterior.
O aparelho digestivo
é relativamente curto em anfíbios adultos, uma característica de muitos
carnívoros e produz uma variedade de enzimas para digerir as proteínas,
carboidratos e gorduras.
http://www.anda.jor.br/wp-content/uploads/2011/04/Imagen-253.png
Sistema nervoso e Sentidos especiais
As três partes
fundamentais do encéfalo – o telencéfalo responsável pelo
o sentido do olfato,o mensencéfalo- responsável pelo sentidoda visão e o rombemcéfalo, ligado a audição e
ao equilíbrio – sofreram drásticas mudanças durante seu desenvolvimento.
O telencéfalo contém o centro do
olfato, que assume uma importante maior detecção de odores diluídos na
atmosfera. O sentido do olfato é um dos sentidos dominantes dos sapos.
Visão, transformação e reprodução dos
Anfíbios
Visão
A visão é o principal tipo de sensibilidade dos anfíbios.
No sapo por exemplo, os olhos são grandes e situados em posição especial na
cabeça, de modo que dá ao animal um ótimo campo visual. Eles são protegidos por
duas pálpebras e uma membrana nictitante que funciona como se fosse um limpador
de pára-brisa, mantendo o olho constantemente limpo.
O olho dos Anfíbios possui um cristalino esférico na fase
larvar, adaptado à visão aquática, alterando-se durante a metamorfose, para
adquirir uma forma oval na fase adulta. A córnea apresenta capacidade de
adaptar a sua curvatura. O olho possui uma pálpebra superior fixa e uma
pálpebra inferior transparente e móvel. Os anuros dependem da sua visão para a
alimentação e locomoção e possuem os maiores e os mais desenvolvidos olhos dos
Anfíbios.
Reprodução
No verão e nas noites chuvosa ouve-se a cantoria dos machos. Estão dando um recado muito importante: "Eu tenho um território e quero namorar". Os anfíbios são ectotérmicos, pois não possuem mecanismo de regulação de temperatura corporal interna, a fonte de calor é gerada externamente. Sua reprodução é sexuada externa, este processo se dá quando o macho lança seus gametas nos óvulos liberados pela fêmea. De modo geral, este processo ocorrerá em água doce, e, uma vez fecundados, os ovos permaneceram em ambiente aquático até o nascimento dos girinos.
Pelo fato de estarem protegidos pela água, os ovos dos anfíbios não necessitam de anexos embrionários adaptativos como, por exemplo, a bolsa amniótica. Esta é das características que os tornam diferentes dos vertebrados terrestres.
Ciclo de vida
No início de seu ciclo de vida,
eles vivem exclusivamente dentro da água e, nesta fase, possuem a forma de
alevino (filhote de peixe), realizando somente a respiração branquial.
Após sua metamorfose, eles deixam de depender exclusivamente do ambiente aquático para sobreviver e passam a viver em habitat terrestre; contudo, este novo ambiente deverá ser úmido para garantir a sobrevivência desta espécie.
Apesar de possuírem pulmões, seus alvéolos são insuficientes para suprir toda a troca de gases necessária para sua sobrevivência. Por esta razão, eles absorvem oxigênio pela pele, e este processo é bem mais eficiente quanto eles a mantêm umedecida, por isso, eles precisam viver em ambientes úmidos.
Após sua metamorfose, eles deixam de depender exclusivamente do ambiente aquático para sobreviver e passam a viver em habitat terrestre; contudo, este novo ambiente deverá ser úmido para garantir a sobrevivência desta espécie.
Apesar de possuírem pulmões, seus alvéolos são insuficientes para suprir toda a troca de gases necessária para sua sobrevivência. Por esta razão, eles absorvem oxigênio pela pele, e este processo é bem mais eficiente quanto eles a mantêm umedecida, por isso, eles precisam viver em ambientes úmidos.
Fases de desenvolvimento
Um anfíbio inicia a vida na
água, como um peixe, e depois passa a viver na terra. Por isso, dizemos que
eles têm vida dupla. A palavra anfíbio origina-se do grego e significa vida
dupla:(anfi = duas; bio = vida).
Na fase aquática, é chamado
de GIRINO.
Girino com poucos dias de
vida começando a se transformar para ficar igual aos adultos. Repare que as
perninhas já cresceram.
Rãzinha (Hylabischoffi) que acaba de deixar a vida na água e está iniciando
a fase de vida na terra. A cauda é absorvida e serve como reserva de nutrientes
para os primeiros dias de vida na terra, até que adquira a habilidade de caçar.
Curiosidades
O que é um renário?
Você
sabia que é possível criar rãs para a produção de carne? A carne de rã é
bastante utilizada na alimentação humana. Tem sabor semelhante ao da carne de
frango, é macia e contém uma proporção
mínima de gordura (menos de 1%).
Mas
o que é um renário? É a instalação onde se criam rãs. Consiste basicamente de
uma área para a reprodução dos animais, um tanque para os girinos e as rãs
pequenas e um galpão de engorda.
Os
criadores de rãs vendem a carne para supermercados, as butiques de carne e
restaurantes. Outro superproduto da rã
explorado comercialmente é o couro, utilizado por exemplo, na fabricação de cintos
e carteiras.
Atenção:
Os anfíbios são protegidos
por Lei Federal e o cultivo de girinos de espécies nativas é proibido, sendo
considerado crime ambiental, sujeito a processo penal e multa. Infelizmente,
alguns professores ainda não têm essa consciência e praticam esta crueldade nas
escolas, desafiando a lei, incentivando e ensinando os alunos a agirem da maneira
errada. Além disso, esse tipo de experimento não faz sentido. É muito melhor e
mais didático mostrar os girinos na natureza na qual estão integrados!
Eleutherodactylus iberia e Coraua goliath
http://franlovepets.blogspot.com.br/2012/02/os-10-sapos-mais-esquisitos-do-mundo.html
http://biomundi.blogspot.com.br/2009/07/o-maior-sapo-do-mundo.html
Rã Touro
http://www.ib.usp.br/grant/Ra-touro_no_Brasil/Biologia.html
http://territorioselvagem.forumeiros.com/t454-ra-touro-americana-vs-lagarto-de-gola
"Vacina do Sapo" ou Kambô (Phyllomedusa bicolor)
"Males ou benefícios "
"Vacina do Sapo" ou Kambô (Phyllomedusa bicolor)
A Vacina do Sapo é o nome popular para a aplicação das secreções produzidas pela "rã" Kambô (Phyllomedusa bicolor) em pequenos ferimentos produzidos artificialmente nos braços ou nas pernas de uma pessoa, para que as substâncias presentes na pele do animal penetrem na circulação sanguínea.
Vacina do sapo é usada como remédio, mas pode até matar
A substância retirada de um
anfíbio da Amazônia, usada pelos índios em rituais xamânicos e pelos caboclos
como remédio, foi proibida pela Anvisa.
Remédio ou veneno? Uma substância extraída de um sapo da Amazônia vem
sendo usada como um suposto remédio pra várias doenças. Só que na verdade pode
até matar. Conhecida como vacina
do sapo, ela é objeto de uma investigação policial que envolve contrabando,
biopirataria e até a morte de uma pessoa.
Para mais informações ...
visite o site
Referências
Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL - Campus I
5º Período - Ciências Biológicas - Zoologia dos Cordados
Professora: Luciana Tenner
Equipe:
Alynne Cristinne
Amyria Lua
Edenilda Ferreira
Ivan Paiva
Sandreane Azevedo