Peixes
Fonte:http://blog.meuamigopet.com.br
Filo Chordata
No ambiente aquático, os peixes tem um
número maior do que a soma de todas as espécies de vertebrados terrestres. Os
primeiros vertebrados surgiram nos mares e eram desprovidos de mandíbula. Esses
animais chamados ostracodermos eram pequenos e viviam no fundo do mar,
filtrando alimentos que se encontravam no lodo. Alguns ostracodermos surgiram
os placodermos, vertebrados que possuíam mandíbulas, que permitiam a eles atuar
como eficientes predadores. A lampreia descende dos antigos ostracodermos. Os
peixes atuais e todos os demais vertebrados descendem dos placodermos.
Os peixes constituem a maioria dos
vertebrados, e todos tem em comuns muitas características que se adaptaram a
vida na água. São os mais antigos e mais diversificados do subfilo monofilético
Vertebrata, incluído no Filo Chordata. No Filo Chordata encontram-se três
características que são consideradas como as mais importantes e que estão
presentes em todos os seus representantes, pelo menos em alguma fase de sua
vida. São elas:
1.Notocorda:
bastão gelatinoso localizado dorsalmente ao tubo digestivo. Funciona como
primeira estrutura de sustentação do corpo de um cordado;
2. Tubo
nervoso dorsal: formado a partir do ectoderma, este tubo originará o sistema
nervoso do cordado;
3.Fendas
branquiais faringianas: aberturas formadas na faringe do embrião que podem
servir para filtração de alimento (Anfioxo) ou para a respiração (Peixes). Nos
vertebrados terrestres, essas fendas esboçam-se no embrião, porém nunca no
animal adulto.
Além das três características citadas
anteriormente como sendo as mais importantes, os cordados são triblásticos,
enterocelomados, deuterostômios, segmentados, bilateralmente simétricos,
enterozoários, possuem um coração ventral e uma epiderme pluriestratificada
(exceto os Protocordados). A ancestralidade e relacionamentos dos
principais grupos de peixes, mostrando as relações prováveis dos principais
táxons monofiléticos de peixes são representados na figura a seguir:
Fonte: dc236.4shared.com
Classe Myxini: Feiticeiras
Fonte: frescurando.blogspot.com
Myxine
é uma das duas classes dos seres da superclasse ágnatos, que são craniados,
desprovidos de mandíbulas. Também são chamados de ciclóstomos, apresentam boca
circular normalmente dotada de dentículos córneos. Não apresentam escamas na
pele e apresentam nadadeiras ímpares (uma dorsal, outra caudal).
Principal
representante: Feiticeiras (peixe – bruxa), habitam o
ambiente marinho, águas profundas.
Alimentação:
Predadores
de pequenos invertebrados ou alimentam-se de animais mortos (necrófagos).
Revestimento:
Pele lisa e sem escamas que secreta grande quantidade de muco.
Fonte: dc311.4shared.com
Fonte: www.infoescola.com
Respiração
e circulação: Apresentam respiração branquial e
sistema circulatório fechado com coração provido de duas câmaras (um átrio e um
ventrículo).
Esqueleto:
apresentam
crânio cartilaginoso, porem não apresentam coluna vertebral; sob elas há a
notocorda que persisti na vida adulta.
Sistema
nervoso: Apresentam encéfalo protegido pelo crânio; olhos são
pouco desenvolvidos. (rudimentares).
Reprodução:
Normalmente
monóicos, não se sabe como as feiticeiras se acasalam; tem desenvolvimento
direto.
direto.
Classe Cephalaspidomorphi (Petromyzontes) : Lampreias
As lampreias são
ciclóstomos de água doce ou anádromas com forma de enguias, mas sem maxilas. A
boca está transformada numa ventosa circular com o próprio diâmetro do corpo, reforçada
por um anel de cartilagem e armada com uma língua-raspadora igualmente
cartilaginosa. Várias espécies de lampreia são consumidas como alimento.
Fonte: portalsaofrancisco.com.br
As lampreias são
classificadas no clade Hyperoartia, dentro do filo Chordata, por oposição aos
Gnathostomata, que incluem os animais com maxilas. Todas as espécies conhecidas
são agrupadas na classe Petromyzontida ou Cephalaspidomorphi, na ordem
Petromyzontiformes e na família Petromyzontidae. Algumas espécies de
lampreias têm um número de cromossomas que é recorde entre os cordados,
chegando a 174. A larva ammocoetes tem um tamanho máximo de 10 cm, enquanto que
os adultos podem ultrapassar 120 cm.
Fonte: linhaceira.net
Anatomia
As lampreias possuem no
topo da cabeça um “olho pineal” translúcido e, à frente, uma única “narina”, o
que é um caso único entre os vertebrados actuais (embora se encontre em alguns
fósseis). Esta “narina” também é chamada abertura naso-hipofisial, uma vez que
liga ao órgão do olfacto e a um tubo cego que inclui a glândula pituitária ou
hipófise. Pensa-se que este tubo seja um resíduo do canal nasofaringeal das
mixinas, com quem a lampreia tem algumas características em comum.
Os olhos são
relativamente grandes, estão equipados de cristalino, mas não possuem músculos
oculares intrínsecos, como os restantes vertebrados. Por trás deles, abrem-se
sete fendas branquiais. Uma outra característica deste grupo de peixes é a
inexistência de verdadeiros arcos branquiais – a câmara branquial é reforçada
externamente por um cesto branquial cartilagíneo (ver figura na página
Craniata).
Boca da lampreia
A ventosa que forma a
boca da lampreia funciona como tal através dum complexo mecanismo que age como
uma bomba de sucção: inclui um pistão, o velum e uma depressão na cavidade
bucal, o hydrosinus. As lampreias não têm um
esqueleto mineralizado, mas encontram-se regiões de cartilagem calcificada no
seu endoesqueleto. O crânio é composto por placas cartilagíneas, como o das
mixinas, mas é mais complexo e inclui uma verdadeira caixa craniana onde está
alojado o cérebro. A coluna vertebral é
basicamente formada pelo notocórdio, tal como as mixinas, mas nas lampreias
existem pequenos reforços cartilagíneos, os arcualia dorsais.
Reprodução
As lampreias
reproduzem-se nos rios. A sua vida larvar, que pode durar até sete anos, é
sempre passada no rio onde nascem. A certa altura, elas sofrem uma metamorfose
e transformam-se em adultos. As espécies anádromas
migram para o mar depois da metamorfose, onde se desenvolvem e atingem a
maturação sexual. Este processo pode durar um ou dois anos. Quando atingem a
maturidade sexual, as lampréias entram num rio, reproduzem-se e morrem. Cada fêmea gera
milhares de ovos pequenos e sem reservas nutritivas. Os ovos são enterrados em
“ninhos” cavados em fundos.
Fonte: linhaceira.net
Desenvolvimento larvar
As lampreias sofrem um
desenvolvimento larvar que pode durar até sete anos, passando-se sempre em água
doce. A larva, denominada ammocoetes, não tem ventosa e os olhos são pouco
desenvolvidos. A câmara branquial não é fechada e a larva alimenta-se capturando
pequenas partículas orgânicas com uma fita de muco produzida na faringe. Para promover o fluxo
de água, o ammocoetes possui entre a boca e a faringe um sistema de bombagem
anti-refluxo com duas válvulas, o velum que nos adultos não toma parte na
respiração. O esqueleto da cabeça
do ammocoetes é composto dum tecido elástico, a muco-cartilagem que, durante a
metamorfose dá origem a uma variedade de tecidos, entre os quais a verdadeira
cartilagem.
Ecologia
As lampreias
encontram-se principalmente em águas temperadas, tanto no hemisfério norte,
como no sul. Algumas espécies são
parasitas, fixando-se a outros peixes, cuja pele abrem com a sua
língua-raspadora e sugam-lhes o sangue. Esta é também uma forma de se
deslocarem. A ventosa bucal também
lhes serve para se agarrarem a pedras ou vegetação aquática para descansarem. As lampreias,
principalmente a larva ammocoetes, são usadas como isco na pesca. No entanto,
em alguns países (como Portugal, por exemplo), os adultos são considerados uma
especialidade culinária. A poluição dos rios, à qual as
larvas são especialmente sensíveis, tem sido a causa da sua quase extinção em
muitos rios da Europa. Existem registos fósseis de
lampreias desde o período Carbónico superior, com cerca de 280 milhões de anos
de idade.
Classe Chondrichthyes: Peixes Cartilaginosos
Tem
com principal característica o fato de seus representantes apresentarem
esqueleto cartilaginoso com ossos completamente ausentes. Quase todas as
espécies de chondrichthyes são marinhos, apenas 28 espécies, de um total de 850
que essa classe possui, vivem em água doce. Os chondrichthyes estão divididos
em duas subclasses: Elasmobranchii e
Holocephali.
Elasmobranchii
Essa
subclasse tem com representantes os tubarões e as raias, espécies que tem como
característica principal o fato de apresentarem varias aberturas brânquias de
cada lado da cabeça.
Tubarão
Fonte:Mundomarinho.blogspot.com
Fonte: nupc.org.br
Fonte: Grifkiller.zep.net
Fonte: portalmedquimica.com.br
Alem
dos tubarões a subclasse elasmobrâquios também é composta por espécies como:
raias bentônicas, raias elétricas, raias-de-agulhão, peixes –serra e jamantas. As
raias possuem um achatamento dorso-ventral no corpo e nadadeiras peitorais
muito largas e fundidas a cabeça, utilizadas como asas na natação. As aberturas
brânquias situam-se no lado interior da cabeça, os dentes são adaptados para
triturar suas presas.
Fonte: mundomarinhobr.blogspot.com
As
raias com ferrões possuem sem sua cauda um ou mais espinhos e as raias
elétricas produzem corretes de alta amperagem, a voltagem produzida por essa
espécie é de 50 volts, podendo chegar a quase um quilowatt, o suficiente para
paralisar presas e desencorajar predadores.
Helocephali
Fonte: wild-wonders.com
São
membros dessa pequena subclasse espécies como: quimeras, peixe-rato e
peixe-coelho ou peixe- fantasma. Anatomicamente as quimeras têm vários aspectos
ligados aos elasmobrânquios, mais também possuem um conjunto de características
únicas, como por exemplo, o fato de apresentarem apenas uma fenda branquial em
cada lado da cabeça. Outra diferença é que ao em vez de boca com dentes suas
maxilas possuem grandes placas achatadas , sendo a maxila superior
completamente fundida ao crânio, um desenvolvimento incomum em peixes.
Osteichtyes – Peixes ósseos
Fonte: peixerama.blogspot.com
Fonte: infoescola.com
Constituem
96% dos peixes e todos os tetrápodes atuais. Os peixes ósseos são unidos nessa
classe por apresentarem osso endocondral, osso que constitui a cartilagem
durante o desenvolvimento, apresentam também pulmões ou uma bexiga natatória
derivados do tubo digestivo e vários caracteres cranianos e dentários.
Classe Actinopterygii: Peixes de Nadadeiras Raiadas
Os
peixes de nadadeiras raiadas constituem um enorme conjunto contendo todos os
nossos familiares peixes ósseos – mais de 23.600 espécies. Os primeiros
actinopterígios, conhecidos como paleoniscídeos,
eram peixes pequenos, com grandes olhos, uma cauda heterocerca (Figura 1) e escamas espessas imbricadas, com uma
camada externa de ganoína.
Fig.
1 – Tipos de nadadeiras caudal em peixes.
Fonte: dc236.4shared.com
Destes
primeiros peixes com nadadeiras raiadas apareceram dois grupos principais.
Aqueles com os caracteres mais primitivos são os condrósteos (Gr. chondrrons,cartilagem,
+ osteon, osso), representados hoje em dia pelos esturjões dulcícolas e
anádromos, peixes-espátula e bichires (Figura 2). Os condrósteos apresentam
muitos caracteres semelhantes aos seus ancestrais paleoniscídeos, incluindo uma
cauda heterocerca e escudos ou escamas ganóides. O bichir Polypterus (Gr. poly, muitas, + pteros, asas) de águas africanas é um relicto interessante com pulmões e outros
caracteres primitivos que fazem assemelhar-se mais aos paleoniscídeos do que
qualquer outro peixe atual.
Fonte: http://dc236.4shared.com
Fonte: http://www.tropical-fish pictures.com
Fonte:http://wonderfulseaworld.blogspot.com.br
Fig
2 – Peixes de nadadeiras raiadas condrósteos. A.Esturjão B.Bichir C.Peixe Espátula.
O
segundo grupo principal de peixes de nadadeiras raiadas a emergir do estoque
paleoniscídeo foi o dos neopterígios (Gr. neos, novo, + pteryx, nadadeira). Os
neopterígeos apareceram no Permiano Tardio e irridiaram extensamente durante a
Era Mesozóica. Durante a Era Mesozóica uma linhagem deu origem a uma radiação
secundária que conduziu aos peixes ósseos modernos, os teleósteos. Há dois
gêneros sobreviventes de neopterígios antigos, a Amia (Gr. peixe semelhante ao atum) de águas rasas, ricas em algas
dos Grandes Lagos e do Vale do Mississipi, e o Lepisosteus (Gr. lepides,
escama + osteon, osso) da Ámerica do
Norte oriental e meridional. (Figura 3) As sete espécies do gênero são peixes
grandes, predadores de tocaia, com corpos alongados e maxilas providas de
dentes pontudos. Lepisosteus e Amia podem ingerir ar da superfície,
preenchendo sua bexiga natatória vascularizada para suplementar o oxigênio
obtido com as brânquias.
Fonte: http://www.seagrant.wisc.edu
Fonte:http://www.seagrant.wisc.edu
Fig 3 – Peixes neopterígeos
não-teleósteos. A. Amia calva, B. Lepisosteus.
A
principal linhagem de neopterígios é dos teleósteos
(Gr. teleos, perfeito, + osteon, osso), os peixes ósseos
modernos. A diversidade dos teleósteos é surpreendente, com cerca de 23.600
espécies descritas, representando cerca de 96% de todos os vertebrados (Figura
4). Além disso, tem sido estimado que haja entre 5.000 e 10.000 espécies não
descritas. Embora a maioria das 200 espécies novas de teleósteos descritas por
ano sejam originárias de áreas mal amostradas, tais como a América do Sul ou
águas doces da América do Norte, são anualmente descritas! Os teleósteos variam
de tamanho, desde de gobiídeos adultos de 10 mm até 17 m de alguns peixes
marinhos de profundidade e os 900 kg e 4,5 m do marlim azul. Estes peixes
ocupam quase todos os hábitats concebíveis, desde altitudes acima de 5.200 m no
Tibet, até 8.000 m abaixo da superfície do oceano. Algumas espécies vivem em
fontes quentes a 44ºC, enquanto outras vivem sob o gelo antártico a -2ºC. Podem
viver em lagos com contrações salinas três vezes superiores às do mar, cavernas
sob total escuridão, pântanos sem oxigênio, ou ainda realizar extensas
excursões sem terra, como fazem os talhotos.
Fonte: http://www.lfclark.com.br
Fonte: http://www.pescanordeste.com.br
Fonte: http://www.blogdotony.net
Fonte:http://www.visualphotos.com
Fig.
4 – Diversidade entre os teleósteos. A.Marlim azul (Makaira
nigricans) B.Tralhotos (Periophthalmus
sp.) C.Peixe–leão (
Pterois sp.) D.Rêmora (Echeneis
naucrates).
Classe Sarcopterygii: Peixes de Nadadeiras Lobadas
Esses
peixes são atualmente representados por apenas sete espécies (três gêneros) de
peixes pulmonados e o celacanto – sobreviventes de um grupo uma vez abundante durante
o período Devoniano da Era Paleozóica. Os antigos sarcopterígios possuíam
pulmões, brânquias e cauda do tipo heterocerca. Contudo, durante a Era
Paleozóica a orientação da coluna vertebral modificou-se de tal forma que a
cauda tornou-se simétrica, com as nadadeiras medianas, dorsal e ventral
deslocadas para parte posterior, formando uma nadadeira contínua, flexível, em
torno da nadadeira caudal esse tipo de nadadeira foi denominado dificerca.As
nadadeiras lobadas pares, fortes ,carnosas
dos sarcopterigios podem ter sida utilizadas como quatro patas para correr no
substrato do fundo.Eles possuíam maxilas poderosas e sua pele era coberta por
escamas pesadas consistindo em um material semelhante a dentina chamada cosmina,
recoberto por um delgado esmalte. Dos três gêneros sobreviventes o mais
semelhante às primeiras formas é o Neoceratodus – peixe pulmonado
australiano vivente que pode atingir um comprimento de 1,5m. Este peixe
normalmente depende de respiração por brânquias, e não sobrevive muito tempo
fora da água. O peixe pulmonado sul americano Lepidosiren e o
africano Protopterus podem viver fora da água por longos
períodos. Este vive em rios e lagos africanos que podem secar durante a estação
seca, e quando isso ocorre os peixes cavam o fundo e se enterram, também
liberam um tipo de muco abundante que se mistura com o lodo formando um envoltório
endurecido no qual ele permanece ate o retorno das chuvas. Surpreendentemente
pouco se conhece a respeito do Lepidosiren sul americano.
Fonte:
peixes2010.blogspot.com
Adaptações Estruturais e Funcionais dos Peixes
O
mecanismo de propulsão de um peixe é a musculatura de seu tronco e cauda. A
musculatura locomotora axial é composta de bandas em ziguezague, denominadas miômeros.
A compreensão sobre como os peixes nadam podem ser desenvolvida estudando-se o
movimento de um peixe muito flexível, tal como uma enguia. O movimento é
serpentíneo.
Fonte:atlasdeladiversidad.net
Flutuação Neutra e a Bexiga Natatória
Os
peixes são ligeiramente mais densos que a água. Para evitar o afundamento, os
tubarões precisam sempre estar deslocando-se para frente. A cauda de um tubarão
é assimétrica (heterocerca). Os tubarões também são auxiliados em sua flutuação
por possuírem grandes fígados contendo um hidrocarboneto gorduroso o esqualeno.
A bexiga natatória dos peixes ósseos é um espaço preenchido com gás que
funciona como um equipamento de flutuação. Ela esta presente na maioria dos
peixes ósseos pelágicos, mas são ausentes em atuns, na maioria dos peixes
abissais e na maioria dos bentônicos, tais como linguados e peixes da família Cottidae.
Respiração
As
brânquias dos peixes são compostas de filamentos delgados, cada um dos quais
cobertos por uma fina membrana epidérmica, que é dobrada repetidamente em lamelas
planas. As brânquias são localizadas dentro da cavidade faringiana e cobertas
por uma aba móvel, o opérculo. Em lugar das abas operculares, como em
peixes ósseos, os elasmobrânquios apresentam uma série de fendas branquiais
pelas quais a água flui externamente. O fluxo da água ocorre em sentido oposto
ao da corrente sanguínea (fluxo em contracorrente), o melhor arranjo para
extrair a maior quantidade possível de oxigênio da água. Alguns peixes ósseos
podem remover até 85% do oxigênio que passa pelas brânquias. Peixes muito
ativos tais como arenques (Clupeidae) e cavalinhas (Scombridae), podem obter
uma passagem de água suficiente para sua alta demanda em oxigênio apenas pela
natação continua, de modo a forçar a entrada da água pela boca aberta e através
das brânquias. Este processo é denominado ventilação hidráulica Tais peixes
ficaram asfixiados se colocados em um aquário que restringisse seu livre
movimento, mesmo se a água estivesse saturada de oxigênio.
Comportamento Alimentar
Os
peixes são, na maioria, carnívoros, exercendo predação sobre uma miríade
de alimentos de origem animal, desde zooplancton e larvas de insetos, até
grandes vertebrados. Um segundo grupo de peixes é de herbívoros que
comem plantas e algas. Filtradores (comedores de suspensões), que colhem
os microrganismos abundantes do mar, formam um terceiro e diversificado grupo
de peixes, desde larvas de peixes até tubarões-baleia. Um quarto grupo de
peixes é constituído pelos onívoros, que se alimentam tanto de alimento
vegetal como animal. Finalmente há os saprófagos, que se utilizam de
restos orgânicos (detritos), e os parasitas, que sugam os fluidos
corpóreos de outros peixes. A digestão na maioria dos peixes segue o plano dos
vertebrados. Com exceção de vários peixes que carecem de estômagos, o alimento
segue do estomago para o intestino tubular, que tende a ser curto em
carnívoros, mas pode ser extremamente longo e enrolado em herbívoras.
Migrações
As
enguias são catádromas (Gr. Kata, abaixo, + dromos,
corredores), significa que elas passam a maior parte de suas vidas em água
doce, mas migram para o mar para desovar. Já o salmão é anádromo(Gr. Anadromos,
que corre para cima), isto é, eles passam suas vidas adultas no mar, mas
retornam à água doce para desovar.
Reprodução e Crescimento
A
maioria dos peixes favorece um simples tema: eles são dióicos, com fecundação
externa e desenvolvimento externo dos ovos e embriões (oviparidade). Machos e fêmeas
se aglomeram em grandes cardumes e liberam grandes quantidades de gametas na
água para derivar com as correntes. Logo após o óvulo de um peixe ovíparo ser
colocado e fertilizado, ele absorve água e endurece. Segue-se a clivagem e
forma-se a blastoderme, apoiada de forma esparramada a uma massa de vitelo
relativamente enorme. Logo a massa de vitelo é envolvida pelo blastoderme em
desenvolvimento, que, então, começa a assumir a forma de peixe. O peixe eclode
como uma larva, transportando uma bolsa semitransparente de vitelo, que lhe
fornece o suprimento alimentar até que a boca e trato digestivo tenham se
desenvolvido. Após um período de crescimento, a larva sofre uma metamorfose,
especialmente dramática para muitas espécies marinhas, tal como a enguia de
água doce. A forma do corpo é refeita, modificam-se as nadadeiras e os padrões
de coloração, e o animal torna-se um juvenil, portanto a forma do corpo
definitiva e inconfundível de sua espécie. E seu crescimento depende da
temperatura.
Referências:
Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL - Campus I
5º Período - Ciências Biológicas - Zoologia dos Cordados
Professora: Luciana Tenner
Equipe:
Lennon Kledson
José Clebson
Edijane
Barbosa
Camila Tâmara
Maíra Lopes
Rafael dos Santos
Agora são considerado 4 características principais dos cordados, a notocorda, tubo nervoso dorsal, fendas faringianas e a cauda pós-anal.